Se a BMW é o que é no mercado brasileiro, deve agradecer muito ao Série 3. Em meados dos anos 1990, a geração E36 se tornou o sonho de consumo da alta sociedade e não é raro cruzar com alguma unidade dessa época ainda rodando e com preços em valorização. Em 2014, o sedã ganhou cidadania brasileira com a produção em Araquari, Santa Catarina, na geração F30.
A atual geração é a G20, a sétima desta linhagem, e tem muito do Brasil em sua vida. Este é o BMW 320i Flex M Sport, que é produzido em Santa Catarina, tem motor que aceita etanol e gasolina e pode ser aberto e ligado pelo iPhone ou Apple Watch em um sistema que envolveu engenharia brasileira na jogada. Mais do que um belo corpo, aparentemente ele tem orgulho de nascer por aqui.
Um Série 3 sempre será um Série 3. Mesmo com a onda de SUVs, o sedã é o importado mais vendido do Brasil e abre uma boa vantagem até dentro do seu segmento que tem concorrentes fortes como o Audi A4, Mercedes-Benz Classe C e Volvo S60. Nesta geração, a plataforma CLAR deu uma base melhor ainda e que explica esse sucesso todo, mesmo falando de uma versão “de entrada” com menos potência.
Apesar de todo esse visual do pacote M Sport, com direito a rodas de 19″ e um bodykit mais esportivo, o motor 2.0 turbo (B48B20) mantém os 184 cv e 30,6 kgfm de torque dos demais 320i – é inclusive uma versão bastante parecida com a do a combustão que está no híbrido 330e, que muda o ciclo de combustão de Otto para Miller para ser mais eficiente. Pode não parecer muito pra um 2.0 turbo, mas está longe de fazer o 320i perder o brilho, trabalhando bem com o câmbio automático de 8 marchas e a tão apreciada tração traseira.
Fonte: UOL Motors